quinta-feira, 15 de julho de 2010

Morhan vai ser beneficiado com emenda do deputado Fernando Melo


Nos anos 80, o Acre tinha os maiores índices de hanseníase do país, quando havia 110 pacientes com a doença para cada grupo de 10 mil habitantes.

O Movimento de Reintegração de Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) recebeu em sua sede na manhã desta quarta-feira, 17, a visita do deputado federal Fernando Melo (PT). O parlamentar, após conhecer os líderes e membros, fez questão de incluir em suas emendas ao Orçamento Geral da União de 2011 o valor de 100 mil reais para que o movimento elabore estudo da situação e número de portadores de hanseníase em todo o Estado.

A entidade promove palestras educativas em escolas e ajuda a Secretaria de Estado de Saúde na detecção de casos de hanseníase, além de colaborar no tratamento da doença. De acordo com o presidente do movimento, José Gomes, há módicos recursos disponíveis para o trabalho, mas mesmo assim não falta força de vontade. “No Acre, há pouco tempo detectamos 11 novas crianças com hanseníase”, destaca.

O presidente reclamou ainda da burocracia para ter direito à pensão das pessoas que tiveram hanseníase e foram obrigadas a permanecer em colônias até 1986. José Gomes disse que mais ou menos 700 pessoas no Acre iniciaram processo para reivindicar o benefício, porém apenas 150 pessoas conseguiram. O principal entrave é a falta de documentos que comprovem a internação compulsória. “É uma coisa muito lenta”, critica.

Melo, por sua vez, assegurou que vai se envolver na causa e ofereceu a estrutura de seu gabinete para acompanhar os trâmites dos processos de pensão na Secretaria Especial de Direitos Humanos, em Brasília, e contribuir com projetos direcionados ao Morhan.

Nos anos 80, o Acre tinha os maiores índices de hanseníase do país, quando havia 110 pacientes com a doença para cada grupo de 10 mil habitantes. O Ministério da Saúde define que, para alcançar a meta de eliminação da doença, é necessária a prevalência de menos de 1 caso para cada 10 mil habitantes. Hoje, o Estado apresenta uma proporção de 2, 4 para cada 10 mil.

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